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O perdao – pela visão da Ayurveda e do Yoga

A culpa é um sentimento tão antigo quanto a história da humanidade. Parece que já nascemos com essa “tatuagem” em algum lugar do nosso ser.  No Ayurveda, quem conhece um pouco as famosas constituiçoes energéticas, chamadas doshas (Vata, Pitta e Kapha), pode imaginá-la em diversas situaçoes; um Vata medroso e inseguro diria: por que tive medo e não fiz o que tinha que fazer? Um Pitta, de temperamento “quente”, diria: Por que fiquei tao irritado e não me controlei? E um Kapha, o mais ressentido dos três, cheio de mágoas: por que não consigo esquecer e me perdoar?

Fato é que, com razao ou não, todos nós sentimos e compartilhamos esse sentimento. O “diferencial divino” entre os seres está em como lidamos com isso, na capacidade de compreender e perdoar, quer seja a nós mesmos ou ao outro. Como vemos e processamos os fatos da nossa vida!

Se olharmos para o presente com peso das marcas do passado, utilizamos um filtro viciado, que turva e obscurece nossa visão, e tudo, então, passa pelo condicionamento dessa lente. Passamos a agir e reagir, de uma maneira diferente do que realmente gostaríamos, e a viver uma vida distinta da que sonhamos viver. Deixamos nossos sonhos e o que é pior, adoecemos. Assim iniciam-se uma série de desajustes orgânicos.

 Essa desconformidade entre o que vivemos e o que nosso Eu profundo, nossa alma, anseia viver, é a origem do adoecimento Vata (medos, inseguranças, problemas articulares e neurológicos); do Pitta (cólera, indignaçoes, hepatites, doenças inflamatórias, hipertensão e problemas cardiovasculares); e do Kapha (apego, depressão, edemas, obesidade, problemas metabólicos e diabetes).

Por sermos parecidos por natureza, mas em essência, tão diferentes uns dos outros, estranhamos as ações que não nos fazem sentido. Magoados, brigamos, nos afastamos. Passamos a Viver uma vida separada não apenas dos inimigos, dos aborrecimentos, como também dos amigos, do que nos traz alegria e de nossas crenças. Deixamos de ver o mundo de forma sadia.

Se retirarmos os óculos das experiências negativas, nossos olhos limpos não restringirão sua visão apenas à realidade criada pela mente, mas sim, perceberão a verdade da nossa realidade. Olharemos em essência. Seja justo ou não o que tenha nos acontecido, é possível renovar e reescrever uma nova mensagem.

A proposta do Yoga e do Ayurveda é simples e transformadora: Somos recriados a todo o momento, corpo e mente. Escolher com sabedoria o que nos formará, está em nossas mãos.  Desintoxicá-los e nutri-los com alimentos e hábitos adequados à nossa constituição; viver com o foco em cada ato singular e com a atenção plena no que está acontecendo são os ensinamentos dessa milenar arte de curar.

 A escolha livre de paradigmas do passado reescreve um novo caminho; como diz o texto bíblico, seguir sem olhar para trás!  Isso significa, perdoar. Nossos registros de sofrimento podem ser mudados.

As práticas de meditação e pranayamas ajudam a ampliar e renovar a nossa percepção e consciência. Respirar e relaxar! Respirar é trazer para nosso sangue um novo fluxo de oxigenio, um novo fluxo de pensamentos e de vitalidade. Assim como o ar entra e sai, o que não é mais necessário pode sair e o novo entrar.

Perdoar não apenas deixa-nos livres de doenças e das amarras emocionais do passado, mas traz à vida o perfume e o frescor do tempo presente.

 Maisa Misiara – Médica Homeopata, Ayurveda. Docente do Instituto de Cultura e Escola de Homeopatia, responsável pela Clínica Cítara Saúde.

Add comment outubro 21st, 2010

Perdão – parte 2

 “Abra seu coração, abra seu sentimento, abra seu entendimento, deixe de lado a razão e deixe brilhar o sol escondido em seu interior”.

 A culpa e a dificuldade de perdoar, segundo o Yoga e o Ayurveda, estão diretamente relacionadas ao desequilíbrio do quarto chackra (chamado de Anahata) da nossa antomia sutil. Os chackas são como filtros que nos permitem trocar informações, sentimentos e impressões com o exterior e, por sua vez, recebem as impressões vindas do mundo.

 O quarto chackra, também conhecido como cardíaco governa sutilmente o coração, sistema circulatório, pulmões, ombros e braços, costelas e seios, diafragma e tem sua correspondência bioquímica com a glândula timo.

 Timo vem de tymus, palavra grega que quer dizer energia vital. Esta glândula está bastante ativa na primeira infância e vai gradativamente diminuindo suas funções ao chegar à maturidade. Quando esta glândula está ativa o organismo não envelhece. O timo é um dos pilares de sustentação de nosso sitema imunológico, juntamente com as glândulas adrenais. É extremamente suscetível às emoções como o amor ou o ódio.

 Estudos psicológicos diversos pesquisaram o impacto que nossos relacionamentos têm no sistema imunológico e concluiram que compartilhar sentimentos e situações que nos incomodam podem ter um impacto bastante positivo sobre nossa imunidade. É preciso desenvolver as qualidades positivas do quarto chackra que são amor incondicional e a compaixão. Para que o amor seja despertado, é necessário curarmos as feridas emocionais (mágoas) através do perdão e da liberação do passado e suas influências no presente.

 A prática de Yoga pode ser bem benéfica para iniciarmos um processo de liberação das emoções reprimidas. Algumas sugestões de prática:

 USTRASANA – postura do camelo (Ustra = camelo)

  • Postura:
  1. Ajoelhe-se e fique com joelhos e pés unidos, peitos dos pés apoiados no chão com os dedos relaxados;
  2. Encaixe o quadril, deixe o abdômen firme e a coluna ereta;
  3. Apóie as mãos espalmadas na base da coluna, parte posterior do quadril;
  4. Leve os ombros e cotovelos cada vez mais para trás com a intenção de aproximar os cotovelos;
  5. Mantenha o quadril na mesma linha que os joelhos, não projete o quadril para frente ou para trás, fixando-os;
  6. Ainda com o quadril encaixado, contraia glúteos e abdominal, incline o tronco para trás e aponte seu queixo para cima;
  7. NÃO projete o quadril para frente com a pressão das mãos;
  8. Apóie as duas mãos espalmadas na sola dos pés, abrindo ainda mais o peito, apontando-o para cima;
  9. Caso tenha dificuldade nesta etapa, tente as seguintes alternativas:
  • Afaste um pouco os dois joelhos um do outro;
  • Apóie as mãos nos calcanhares;
  • Apóie as mãos nos calcanhares com os dedos dos pés virados para o chão;
  1. Se ainda for difícil, pule os passos 8 e 9;
  2. Intenção de crescer a coluna e o pescoço para cima e para trás;
  3. Mantenha a postura estável e confortável;
  4. Concentre-se em respirações profundas e tranqüilas (5 a 12 respirações no início);
  5. Finalizando: com a força dos pés e joelhos empurrando o chão, volte o apoio das mãos na base da coluna, leve o tronco na mesma linha que o quadril, voltando para a posição vertical.
  6. Para descansar, leve o quadril na direção dos calcanhares, testa na direção do chão e braços ao longo do corpo.
  • Dicas importantes
  1. Evite esta postura se estiver com problemas intestinais, pressão alta, dor de cabeça ou se for cardíaco;
  2. Fique atento à posição do quadril e das pernas, o mais importante na postura é mantê-los estáticos enquanto a inclinação ocorre somente na parte superior do corpo;
  3. Proteja a sua lombar mantendo o encaixe do quadril a todo o momento;
  4. À medida que inclina o tronco para trás, cresça a coluna. Tanto a parte posterior como a anterior do tronco devem estar alongadas.

Caso sinta desconforto na coluna torácica ou lombar, diminua a inclinação do tronco para trás.

  • Efeitos benéficos da postura:
  1. Diminui a rigidez das costas, ombros e tornozelos, mantendo a coluna flexível e saudável;
  2. Alonga da região anterior dos braços e do corpo;
  3. Fortalece o sistema imunológico;
  4. Abre o coração, mantendo a disponibilidade e a entrega para as relações afetivas.

UJJAYI (Ud = para cima, de nível superior, soprar, expandir, proeminência, poder; Jaia = conquista, vitória, triunfo, sucesso, coerção, restrição) – respiração onde os pulmões são completamente expandidos e o tórax se torna dilatado como o de um orgulhoso conquistador

  • Instruções:
  1. Sente-se confortavelmente em Sukhasana (pernas cruzadas) ou numa cadeira, com a coluna ereta, olhando para frente;
  2. Durante uma expiração prolongada, murmure a palavra haaaaa de forma que esta respiração produza um ruído de leve fricção ao passar pelo palato (entre a boca e a garganta); é um som semelhante ao de embaçar um vidro, ou ainda o som que ouvimos no interior de uma concha.
  3. Experimente fazer com os lábios abertos e quando estiver sentindo a vibração suave do som na pate de trás da garganta, passe a fazer a respiração de lábios fechados.
  4. Sentindo facilidade, experimente produzir o mesmo som ao inspirar.
  5. Complete o ciclo da respiração – inspiração, pausa com o ar nos pulmões e expiração – repetidas vezes. O tempo deve estabelecer uma proporção de 1:2:2, ou seja, se for inspirar em 4 segundos, retenha 8 e exale 8 segundos.
  6. Esta prática deve ter a duração média de 15 minutos.
  7. Observe se o som de sua respiração é seco como o vento e oco e não anasalado.
  8. As narinas devem estar relaxadas (não puxe o ar com força, deixe a respiração acontecer naturalmente).
  9. Algumas pessoas conseguem realizar esta respiração com facilidade, outras levam mais tempo para aprendê-la. No entanto, não desanime. Faça quantas respirações precisar com os lábios abertos até conseguir!
  10. Não faça se estiver com irritações ou inflamações na garganta.
  11. Acalma a mente e os sentidos;
  12. Traz leveza, bem estar e tem efeito energizante;
  13. Promove tranquilidade e, ao mesmo tempo, força para lidar com as adversidades da vida.
  • Dicas importantes:
  • Efeitos benéficos deste pranayama:
  1. Acalma a mente e os sentidos;
  2. Traz leveza, bem estar e tem efeito energizante;
  3. Promove tranquilidade e, ao mesmo tempo, força para lidar com as adversidades da vida.

FLÁVIA MAIMONI RIBEIRO – psicóloga, instrutora de Yogaterapia e Terapeuta Ayurvédica. Busca integrar os conhecimentos da saúde milenar do Yoga e do Ayurveda com a ciência moderna ocidental.

Add comment outubro 21st, 2010

Curso de Shiatsu Emocional

Aprenda Shiatsu
Que coloca o equilíbrio emocional no centro do tratamento

O Shiatsu Emocional é uma viagem pelos sentidos, que traz novas significações às teorias energéticas.

É ensinado através da comparação direta entre variados estilos de Shiatsu, como o Tantsu, Ohashiatsu e Zen Shiatsu, Koho, entre outros, e com contribuições da psicologia e das massagens psicossomáticas inspiradas por Reich.

Programa Básico:
Origem e evolução do Shiatsu; Comprovações Científicas;
O equilíbrio através do toque; O toque Shiatsu;
O estilo Shiatsu Emocional; Os preceitos do Shiatsu emocional; Introdução à Medicina Tradicional Chinesa –
Histórico, o Tao, os 12 Meridianos e suas funções emocionais; Tratamento dos principais desequilíbrios emocionais através do Shiatsu; exercícios e práticas diversas.

Data: 07 e 21 de novembro; 05 e 19 de dezembro de 2010 (domingos alternados).

Horário: 9h às 18h
Carga horária: 32 Horas
Investimento: R$ 900.00

Formas de pagamento:

R$ 900,00 dividido em 4 vezes ou R$ 750,00 para pagamento antecipado que pode ser dividido em 2 vezes.

O valor inclui:
– Kit Aluno com manual do aluno, CD ilustrativo com centenas de informações, artigos etc, músicas e apostila;
– Certificado de Praticante de Shiatsu;
– Participação perene em nosso grupo de estudos via internet;

Além de possibilidade de participação voluntária no Centro de Estudos do Shiatsu Emocional, que realiza estudos e práticas de atendimento na própria Cítara Saúde.

Maiores informações e inscrições:
Tel:
(11)3814-0700

Maiores informações sobre o shiatsu emocional podem ser obtidas através dos sites http://www.shiatsuemocional.com.brou no site do Prof. Arnaldo V. Carvalho, http://www.arnaldocarvalho.com

Add comment setembro 27th, 2010

Consciência Alimentar

A Ayurveda tem uma visão exclusiva sobre a constituição psicofísica dos seres humanos. São reconhecidas cinco forças da natureza que se combinam dinamicamente para formar o nosso organismo: éter (ou espaço), ar, fogo, água e terra. Esta combinação, chamada Prakritti (ou dosha), organiza todas as funções físicas, mentais e emocionais necessárias para a vida.

Descobrir a nossa prakritti é uma oportunidade para entendermos melhor a nossa individualidade. Ao nos familiarizarmos com a nossa natureza, aprendemos a nos manter em harmonia, conquistando uma vida equilibrada, bem estar e saúde.

A dieta adequada – um dos principais pilares da boa saúde – depende dessa compreensão. Tudo o que somos é o resultado da síntese dos alimentos físicos e/ou energéticos que ingerimos. Eles fornecem para o organismo o material necessário para o processo metabólico que nutre a vida. São os melhores medicamentos. Quando são adequados para o nosso corpo e devidamente digeridos, contribuem para nos tornar saudáveis. Quando a dieta não é compatível com a nossa constituição individual, sofremos de desequilíbrios físicos e psicológicos. Nossa saúde, nosso peso ideal, nossa estabilidade emocional, nossa acuidade mental e nosso bem estar geral dependem do que conseguimos e do que não conseguimos digerir.

Mas, tão importante quanto a quantidade e a qualidade dos alimentos que ingerimos é o “por que” da nossa alimentação.

 Um plano de Consciência Alimentar começa ao desligar o “piloto automático” que vem nos guiando ao longo da vida moderna e instalar a atenção plena. Devemos prestar atenção à potência da nossa fome, à quais alimentos nos caem melhor, qual é a quantidade de alimento que nos satisfaz e qual o sabor que mais nos convém.

 Estou com fome? Do que me alimento? Por que estou comendo? O que estou comendo? Estou feliz? Triste ou ansioso? Como eu me sinto em relação à minha alimentação?

 A Consciência Alimentar é um poderoso instrumento para a manutenção da boa saúde e também para quem quer perder ou ganhar peso.  Ela é um “farol” que já existe dentro de nós. Só precisamos despertá-la. Vamos usá-la para iluminar a nossa vida a cada momento! Dessa forma, vamos encontrar o verdadeiro sabor da vida. Isso não vai nos ajudar somente a conquistar o bem estar físico – vai trazer à superfície a compreensão da riqueza e abundância da vida.

 Marise Berg – Terapeuta Ayurvedica dedicada à prática da Alimentação Natural Ayurvédica e de Rasayana (rejuvenescimento). Formada pela Escola Yoga Brahma Vidyalaya – Fundação Sri Vájera e CIYMAM (curso creditado pela International Academy of Ayurveda – Índia); com  extensões em Rasayana (rejuvenescimento) pela Kerala Ayurvedic Chikitsalayam – Pune, Índia; em Ayurveda pela Vishwanath Panchakarma Centre – Rishikesh, Índia; e em Nutrição Ayurvédica pela International Academy of Ayurveda – Pune, Índia. Atualmente cursando a graduação em Nutrição no Centro Integrado São Camilo, São Paulo.

4 comments setembro 6th, 2010

Álbum de figurinhas

Tudo começou com um álbum de figurinhas da Copa. Eu, professora de educação física, não poderia ficar de fora de tamanha mobilização. Era importante essa minha aproximação com as crianças pra elas perceberem que o futebol é um fenômeno mundial, uma manifestações cultural.

Quando me dei conta, estava completamente envolvida pelas trocas que elas proporcionavam. Não era apenas troca de figurinha por figurinha, mas era uma troca de momentos com amigos, encontro pra um café, um almoço, uma tarde no shopping, alunos e professores, alunos e alunos.
(Natália Quintilio)”

Eram trocas de histórias de vida, culturas, orientações… Tinham que combinar quais regras regeriam aquele momento: 1 figurinha por 1 figurinha, pegar quantas precisar, brilhante por 5, brilhante por 1 real…

Com tanta gente colecionando e precisando de figurinhas, pensamos numa maneira de manter todo mundo ligado e mandando as figurinhas pra quem precisava. Criamos uma lista com nome e figurinhas faltantes e enviamos por email pra todo mundo que sabíamos que estava colecionando.

Diariamente recebia notícias do tipo: “tenho 10 figurinhas pra fulano e 5 pro seu aluno, quando vem pegar?” e assim foram dias e dias trocando figurinha, vendo amigos, levando no escritório dele, recebendo de gente que eu nem conhecia e repassando pra todo mundo…

Um dos momentos mais marcantes foi quando Pedro, de 11 anos, me disse: “Professora, a Carol só precisa dessa figurinha pra completar o álbum. Eu vou dar essa pra ela, depois eu consigo outra pra mim.” E voltei pra casa pensando em que outro momento poderia ter ensinado tão preciosa lição…

Emocionante também foi o momento em que um grupo de alunos, que estavam num encontro on-line com colegas da Escola da Ponte, de Portugal, descobriam que os álbuns eram os mesmos e se propuseram a trocar figurinhas pelo correio, até descobrirem que o caminho daqui até lá demoraria mais de 1 mês… E concluíram que, com certeza, conseguiriam essa figurinha nesse tempo, porém, estavam dispostos a mandar ou pedir, caso alguém precisasse. Enfim, outro aprendizado importante pra vida deles.

O comentário mais engraçado foi: “Naty, hoje comi 20 pacotinhos de figurinha”, depois que sai de um barzinho com minha amiga Ale… Era incrível a capacidade dessas figurinhas de regularem o nosso comportamento naqueles dias.

Convencer as crianças a colecionar o álbum foi tarefa fácil, difícil foi convencer os pais. Com a minha prima não foi diferente, mas comecei a colecionar pro Luiz Otávio (5 anos) e pra Marina, minha afilhada de 2 anos. Até que um dia minha prima me disse que o Luiz Otávio quis escrever “Copa do Mundo” inspirado no álbum. Quando ele completou o time da Alemanha, comentou: “Naty, esse time não é a Alemanha. E eu afirmei: “É sim…” E ele respondeu: “Não é não, esse time começa com a letra D!” Ele tinha razão, mas não sabia que no álbum o nome dos times estavam em inglês. Sensacional ouvir isso de uma criança quase alfabetizada, mostrando o quanto uma atividade prazerosa ajuda nos ensinamentos passados pela escola.

Ao completarem seus álbuns algumas crianças vieram doar suas repetidas, afim de que outros álbuns pudessem ser completados. “Professora, leve essas figurinhas e veja na sua lista que precisa”. E, neste ponto, percebi como estava sendo importante tudo isso pra eles. Não poderia deixar o movimento perder força.

Tinha gente de todo jeito: crianças, adultos, avós fazendo pros netos, pais fazendo pros filhos, médicos, advogados, juízes, gêmeos, meninos, meninas, alunos de escolas públicas e particulares… A figurinha colocou todo mundo na mesma condição, a moeda de troca era a mesma e todos podiam dar e receber. E, exatamente nessa condição que está o que mais me encantou dessa história. Seria simples eu mesma concluir o que de bom isso trouxe às crianças, mas prefiro que elas mesmas digam o que sentiram:

“Eu acho que o espírito de equipe ajuda em várias ocasiões, principalmente onde há vários amigos unidos com o mesmo propósito: ajudar o próximo” (Carolina, 13 anos).  “Eu achei muito legal, a Naty me deu figurinha pra completar o álbum e eu gostei que o Victor também completou” (Luis Gustavo, 7 anos). “Eu achei muito legal e eu agora agradeço às pessoas que me ajudaram” (Felipe, 7 anos) “É muito legal trocar figurinhas, a gente dá um tanto que a outra pessoa precisa e recebe várias em troca” (Vitor, 7 anos). “Se eu tinha 2 figurinhas, eu dava essas 2 e recebia quantas eu precisasse. Eu ajudei meus amigos e outros também me ajudaram. Não importa a quantidade” (Leonardo, 9 anos).

Foram quase 100 álbuns completados com essa brincadeira. Mas isso não importa. O importante é a lição que isso deixou na vida de cada criança. Não importava se ela tinha muitas ou poucas figurinhas, o importante é que ela estava inserida no contexto e era capaz de interagir com outras pessoas, conhecidas ou não.

As aulas retornaram e, qual não foi minha surpresa, no 1º dia, 3 alunos vieram e me entregaram as figurinhas, com o mesmo discurso: “Professora Naty, completei meu álbum. Você ainda tem aquela listinha?”

E continuarei repassando as figurinhas pra quem precisa. Orgulhosa dos meus alunos e da superação que cada um teve. Hoje em dia não é fácil dar sem receber nada em troca. Muito pelo contrário, eles se acostumaram a apenas receber, sem esforço. Que essa lição perdure, por muitas Copas.

(Natália Quintilio)

2 comments setembro 2nd, 2010

Ayurveda & Educação Visual no II Congresso Internacional de Yoga & Ayurveda

Olá amigos.

No dia 11 de Agosto a equipe do Núcleo de Visão da Cítara Saúde apresentará o tema Ayurveda & Educação Visual no Congresso Internacional de Yoga & Ayurveda em São Paulo.

Palestra

Terapias Visuais – estudo de caso desenvolvido pela equipe multidisciplinar da clínica Cítara entre 2008 e 2009 e apresentado no 22º. Congresso Internacional de Visão Holistica, em novembro de 2009, em Spa, na Bélgica.

Palestrantes

Dra. Maísa Misiara é Clínica Geral, Homeopata e especializada em Ayurveda, formada em 1982 pela Pontifícia Universidade Católica de Sorocaba/SP.
Fernanda Leite Ribeiro é Optometrista especializada em Terapia Visual. Terapeuta do Método Meir Schneider-Self-Healing.

Clique aqui para conhecer a programação completa do evento.

Namaste.

Add comment agosto 4th, 2010

Você enxerga longe?

Eles não foram feitos para enxergar tão de perto. Não por tanto tempo. Pare de ler este texto por alguns minutos e vá apreciar o pôr do sol, contar as nuvens, ensina a terapeuta Maria Fernanda Ribeiro. Sua alma vai ficar mais leve, e eles, seus olhos, menos míopes e mais saudáves.

Quem é que se senta, hoje, para olhar uma lua cheia? Não, não vale aquela olhada que dura apenas enquanto se pronuncia a frase “olha só que lua bonita”. Estamos falando de realmente deixar os olhos viajarem até bem longe, percorrerem detalhes das crateras lunares, de cima a baixo, sem pressa.”” Esse olhar – distante e atento, que escaneia cada detalhe do que vê – é tão necessário para a saúde dos olhos que a terapeuta visual Maria Fernanda Ribeiro costuma receitá-la para os pacientes de seu consultório. Na Vila Madalena, em São Paulo, ela atende crianças e jovens que estão ficando míopes simplesmente porque desaprenderam a olhar para longe. O fenômeno é mundial: nos últimos 20 anos, a população de míopes dobrou (as horas em frente a TVs, celulares etc, então, nem se fala). Uma pesquisa recente mostrou que 30% das crianças brasileiras têm estresse ocular. Jovens e adultos também expõem seus olhos ao estresse, que pode resultar em miopia, pseudomiopia e vista cansada. “O olho é como um músculo e sofre espasmos de acomodação. Se ele permanece focado o dia todo, não descansa nunca e desaprende a olhar longe. Um olho assim não precisa de óculos, mas de relaxamento”, defende Fernanda.

A linha de trabalho dela é diferente da dos oftalmologistas, tipo fast-food: desconforto-óculos, mais-desconforto-mais-óculos. Antes de pensar em lentes, Fernanda faz uma análise de como o paciente usa a visão e ensina como melhorar a qualidade do que vê mudando hábitos e fazendo exercícios simples. Essa abertura para tratamentos menos convencionais é o grande diferencial dela. Seu consultório vive cheio, além de jovens, de gente que teve perdas visuais por causa de doenças ou acidentes. Como terapia, olharão através de óculos coloridos, apanharão uma bola com um olho tampado e farão jogos ópticos.”São exercícios para ensinar o cérebro a aproveitar mais o que restou a visão. Nessas horas, fica notória a interferência do fator emocional no fracasso ou no sucesso do meu trabalho, pois usar o que se tem, em vez de sofrer pelo que não se tem, também é uma postura de vida”, diz ela, e nos faz enxergar o óbvio que costumamos esquecer.

Vai fazer bem para os seus olhos – e alma – se você se permitir apreciar mais pôres do sol, mais horizontes, mais linhas do mar. Se isso não estiver disponível, vale estudar as formas das nuvens, e até contar as janelinhas do prédio no outro quarteirão. E sem pressa. “O cérebro precisa de três minutos para entender que o foco está longe. Cmo menos tempo, o olho não chega a descansar”, explica Fernanda. Ela diz que o ideal é fazer esse exercício de mirar o horizonte por cinco minutos a cada 30 diante do computador. Outra dica é, enquanto se caminha, prestar atenção no fluxo de imagens que passam ao redor, nas laterais. “Isso estimula a visão periférica, relaxa a visão central. “Mais uma vez, descanso . Quer outra dica saudável não apenas para os seus olhos? Vá viajar. “Em um lugar novo, diferente, retomamos o olhar interessado, o poder de contemplar.” Sabe aquele brilho nos olhos? É isso.

Matéria publicada pela Revista Fora de Série- junho de 2010.

Add comment julho 22nd, 2010

Buttermilk

Renovação e limpeza para o intestino

Por Sala de Ayurveda (blog)

O buttermilk ou Takra é uma bebida terapêutica a base de iogurte integral e água ou – no caso do buttermilk ocidental, no leitelho proveniente da elaboração do queijo e da manteiga. Segundo o Ayurveda, a principal característica do buttermilk é “laghu” – leve, possuindo os sabores doce, ácido e levemente adstringente, não causando peso quando consumido pois é facilmente digerido.

É indicado principalmente para a regulação da flora bacteriana intestinal e da capacidade de absorção e assimilação do organismo, no tratamento de anemias. O consumo continuo do buttermilk limpa e desintoxica os intestinos e alivia constipação. É rico em vitaminas do complexo B, cálcio, potássio e elementos probióticos, além de ser uma opção para pessoas com intolerância a lactose devido a baixa taxa deste açúcar estar presente no buttermilk. Fresco, é excelente bebida para Pitta, tonifica o intestino delgado e pode ser muito útil no tratamento de hemorróidas além de combater acne e espinhas – buttermilk é uma bebida com qualidades refrescantes, perfeitas para ser ingerido frio nas estações quentes. Acalma e estabiliza o dosha Vata. Pode ser ingerido ocasionalmente por kapha (devido a sua leveza) mais diluído em água do que para os outros biotipos.

O buttermilk nunca deve ser fervido, apenas amornado. É indicado pela Ayurveda, como antídoto no uso indevido de ghee e oleações excessivas ou mal aplicadas e utilizado como substituto do óleo na terapia do shirodhara para pessoas Pitta, sendo esta modalidade chamada de Takradhara.

Receitas

Buttermilk para Vata (salgado): 1 parte de iogurte integral 1 parte de água 1/3 colher de cafezinho de cominho, 1/4 colher de cafezinho de coentro, 2 pitadas de pimenta do reino, 1 pitada de sal

Buttermilk para vata (doce): 1 parte de iogurte integral 1 parte de água 1/3 de colher de cafezinho de cardamomo em pó, ½ colher de cafezinho de erva-doce em pó, ½ colher de sopa água de rosas.

Buttermilk para Pitta: 1 parte de iogurte 1 parte de água 1/3 de colher de cafezinho de coentro em pó, 2 colheres de água de rosas, 4 folhas de hortã fresca.

Buttermilk para kapha: 1 parte de iogurte 1 e ½ parte de água, ½ colher de cafezinho de canela, 1 pitada de cardamomo e de pimenta do reino. Não adoçar.

Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador por 4 minutos e deixe descansar por meia hora. Observe que uma leve camada gordurosa irá se formar na superfície, ela pode ser retirada com auxilio de uma colher, mas não é necessário. Evite adoçar. Todas as receitas acimas podem ser feitas substituindo o iogurte pelo leitelho.

Como fazer o leitelho – buttermilk mais leve pouquíssima gordura
1 colher de suco de limão para cada xícara de leite integral
Deixe a mistura descansar por algumas horas e coe separando o leite talhado do buttermilk. Pode ser guardado por 3 semanas na geladeira para o consumo. Quanto mais antigo, mais ácida a mistura vai se tornando.

Desintoxicação com buttermilk

Em terapias de desintoxicação, deve-se ingerir o buttermilk logo pela manhã. Ele deve estar morno – não esquente demais para não matar as bactérias do iogurte! E pode ser temperado com especiarias próprias para o seu dosha mas não deve ser adoçado, ingerir por 10 dias consecutivos.

Saiba mais sobre este e outros textos no blog:
www.saladeayurveda.blogspot.com

1 comment junho 2nd, 2010

Curso Radiestesia Aplicada à Saúde com Sérgio Areias

Radiestesia aplicada na área da saúde é uma disciplina capaz de medir padrões de desequilíbrio com resultados consistentes, tanto na diagnose quanto no tratamento.

 Conteúdo

Módulo I

  • História e evolução da Radiestesia na área da saúde
  • Revisão de conceitos e práticas de Radiestesia Básica
  • Os três estados primários de desequilibrio
  • Causas invisíveis de agressão ao corpo físico
  • Análise de causa e efeito
  • Etiopatogenia Energética
  • Patogenicidade das radiações
  • Prática com o pêndulo
  • A régua biométrica de “Bovis”
  • Conduta terapêutica no uso da Radiestesia
  • Código de Ética

Módulo II

  • Sistemas integrais de saúde
  • Campos Morfogenéticos
  • Corpos sutis: etérico, emocional, mental e espiritual
  • Chacras e Meridianos (noções básicas)
  • Fitoterapia por Radiestesia
  • Caminho para medição: Global, específica e auxiliar
  • Remédios vibracionais
  • Uso prático da régua biométrica
  • Protocolo de atendimento
  • Radiônica

Material Fornecido

  • Os participantes receberão uma apostila onde acompanharão os dois módulos do curso.

Datas

Módulo I -03 e 04 de julho de 2010

Sábado: 9h às 12h30/ 14h às 18h

Domingo: 9h às 12h

Módulo II – 07 e 08 de agosto de 2010

Sábado: 9h às 12h30/ 14h às 18h

Domingo: 9h às 12h

Valor

R$ 900,00

Pagamento: 3 X 300 ( Este valor inclui os 2 módulos + material fornecido + certificado)

    Add comment maio 11th, 2010

    Saúde e o nosso fogo digestivo

    Contam os textos védicos, que existe um fogo em todo o nosso organismo, conhecido como Agni.
    Agni gorverna todas as transformações que acontecem no corpo, do sistema digestivo ao processamento mental sutil das informações. Mantém a temperatura do corpo, seu sistema imunológico, metaboliza o que sentimos, o que pensamos, percebemos e o que vemos.                                                                                                                             É mágico pensarmos que o corpo conta com essa força tão transformadora para nos manter aptos a digerir, ou seja, transformar qualquer situação adversa da nossa vida em energia. No entanto, quando está alterado a saúde se deteriora.
    VISÃO CLARA, DETERMINAÇÃO, e DISCERNIMENTO demonstram seu bom funcionamento.
    Já pensaram que a boa digestão e coragem significam a mesma coisa?
    Agni é a principal força da vida, responsável pela tão sonhada LONGEVIDADE.
    O trabalho dos médicos ayurvédicos tem como um dos principais focos manter, acender e tratar esse importante fogo, que em cada um de nós apaga por uma razão particular.
    Conhecer e estudar essa ancestral ciência nos auxilia a ler o organismo de uma maneira viva.
    Cuidar da saúde do corpo é mais sábio do que cuidar do seu adoecimento.
    Maisa Misiara

    Add comment abril 23rd, 2010

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