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Como preparar leguminosas

Por Marise Berg
As leguminosas são grãos contidos em vagens, ricos em tecido fibroso, com envoltura celulósica que representa 2 a 5% dos mesmos, 50% de amido no seu interior e 23% de proteínas de baixo valor biológico. São fontes de ferro, vitaminas do complexo B, especialmente a B1 e B2 e contém mais proteínas que os outros alimentos de origem vegetal.
Ex: Feijões, soja, lentilha, grão de bico, ervilha, favas, tremoço, amendoim, etc.
 
O preparo 
As leguminosas cozidas tornam-se macias, com digestibilidade e sabor. Os grãos devem ser armazenadas em local seco, ventilado e protegidos de insetos e roedores.
A capa celulósica das leguminosas contém fatores antinutricionais – oxalatos, fitatos e saponinas – que alteram a permeabilidade do intestino e impedem a absorção de nutrientes. O processo de remolho (quente ou frio) elimina os fatores antinutricionais através da água, por isso, não se deve reaproveitar a água do remolho.
  • Catar os grãos, removendo pedrinhas e cascas que não devem ser ingeridas.
  • Lavar os grãos em água corrente.
  • Fazer remolho frio ou quente.
Remolho frio
Para cada parte de grãos, adicionar 3 partes de água. Deixar de molho de 8 a 12 horas na geladeira, desprezar a água, lavar novamente e finalizar o preparo (refogar ou cozinhar com temperos e sal).
Remolho quente
Para cada parte de grãos, adicionar 3 partes de água. Cozinhar em panela de pressão de 2 a 5 minutos (dependendo da dureza do grão). Desligar, desprezar a água, lavar novamente e finalizar o preparo (refogar ou cozinhar com temperos e sal).
A Ayurveda recomenda ainda, o uso de especiarias digestivas e com efeito carminativo (que combatem a formação de gases no intestino ou que facilita a sua expulsão) como o Louro em folha ou em pó, Cominho em grãos ou pó, Pimenta do reino (moída na hora) e Assafétida em pó.
Bom apetite.

Add comment novembro 17th, 2010

O perdao – pela visão da Ayurveda e do Yoga

A culpa é um sentimento tão antigo quanto a história da humanidade. Parece que já nascemos com essa “tatuagem” em algum lugar do nosso ser.  No Ayurveda, quem conhece um pouco as famosas constituiçoes energéticas, chamadas doshas (Vata, Pitta e Kapha), pode imaginá-la em diversas situaçoes; um Vata medroso e inseguro diria: por que tive medo e não fiz o que tinha que fazer? Um Pitta, de temperamento “quente”, diria: Por que fiquei tao irritado e não me controlei? E um Kapha, o mais ressentido dos três, cheio de mágoas: por que não consigo esquecer e me perdoar?

Fato é que, com razao ou não, todos nós sentimos e compartilhamos esse sentimento. O “diferencial divino” entre os seres está em como lidamos com isso, na capacidade de compreender e perdoar, quer seja a nós mesmos ou ao outro. Como vemos e processamos os fatos da nossa vida!

Se olharmos para o presente com peso das marcas do passado, utilizamos um filtro viciado, que turva e obscurece nossa visão, e tudo, então, passa pelo condicionamento dessa lente. Passamos a agir e reagir, de uma maneira diferente do que realmente gostaríamos, e a viver uma vida distinta da que sonhamos viver. Deixamos nossos sonhos e o que é pior, adoecemos. Assim iniciam-se uma série de desajustes orgânicos.

 Essa desconformidade entre o que vivemos e o que nosso Eu profundo, nossa alma, anseia viver, é a origem do adoecimento Vata (medos, inseguranças, problemas articulares e neurológicos); do Pitta (cólera, indignaçoes, hepatites, doenças inflamatórias, hipertensão e problemas cardiovasculares); e do Kapha (apego, depressão, edemas, obesidade, problemas metabólicos e diabetes).

Por sermos parecidos por natureza, mas em essência, tão diferentes uns dos outros, estranhamos as ações que não nos fazem sentido. Magoados, brigamos, nos afastamos. Passamos a Viver uma vida separada não apenas dos inimigos, dos aborrecimentos, como também dos amigos, do que nos traz alegria e de nossas crenças. Deixamos de ver o mundo de forma sadia.

Se retirarmos os óculos das experiências negativas, nossos olhos limpos não restringirão sua visão apenas à realidade criada pela mente, mas sim, perceberão a verdade da nossa realidade. Olharemos em essência. Seja justo ou não o que tenha nos acontecido, é possível renovar e reescrever uma nova mensagem.

A proposta do Yoga e do Ayurveda é simples e transformadora: Somos recriados a todo o momento, corpo e mente. Escolher com sabedoria o que nos formará, está em nossas mãos.  Desintoxicá-los e nutri-los com alimentos e hábitos adequados à nossa constituição; viver com o foco em cada ato singular e com a atenção plena no que está acontecendo são os ensinamentos dessa milenar arte de curar.

 A escolha livre de paradigmas do passado reescreve um novo caminho; como diz o texto bíblico, seguir sem olhar para trás!  Isso significa, perdoar. Nossos registros de sofrimento podem ser mudados.

As práticas de meditação e pranayamas ajudam a ampliar e renovar a nossa percepção e consciência. Respirar e relaxar! Respirar é trazer para nosso sangue um novo fluxo de oxigenio, um novo fluxo de pensamentos e de vitalidade. Assim como o ar entra e sai, o que não é mais necessário pode sair e o novo entrar.

Perdoar não apenas deixa-nos livres de doenças e das amarras emocionais do passado, mas traz à vida o perfume e o frescor do tempo presente.

 Maisa Misiara – Médica Homeopata, Ayurveda. Docente do Instituto de Cultura e Escola de Homeopatia, responsável pela Clínica Cítara Saúde.

Add comment outubro 21st, 2010

Perdão – parte 2

 “Abra seu coração, abra seu sentimento, abra seu entendimento, deixe de lado a razão e deixe brilhar o sol escondido em seu interior”.

 A culpa e a dificuldade de perdoar, segundo o Yoga e o Ayurveda, estão diretamente relacionadas ao desequilíbrio do quarto chackra (chamado de Anahata) da nossa antomia sutil. Os chackas são como filtros que nos permitem trocar informações, sentimentos e impressões com o exterior e, por sua vez, recebem as impressões vindas do mundo.

 O quarto chackra, também conhecido como cardíaco governa sutilmente o coração, sistema circulatório, pulmões, ombros e braços, costelas e seios, diafragma e tem sua correspondência bioquímica com a glândula timo.

 Timo vem de tymus, palavra grega que quer dizer energia vital. Esta glândula está bastante ativa na primeira infância e vai gradativamente diminuindo suas funções ao chegar à maturidade. Quando esta glândula está ativa o organismo não envelhece. O timo é um dos pilares de sustentação de nosso sitema imunológico, juntamente com as glândulas adrenais. É extremamente suscetível às emoções como o amor ou o ódio.

 Estudos psicológicos diversos pesquisaram o impacto que nossos relacionamentos têm no sistema imunológico e concluiram que compartilhar sentimentos e situações que nos incomodam podem ter um impacto bastante positivo sobre nossa imunidade. É preciso desenvolver as qualidades positivas do quarto chackra que são amor incondicional e a compaixão. Para que o amor seja despertado, é necessário curarmos as feridas emocionais (mágoas) através do perdão e da liberação do passado e suas influências no presente.

 A prática de Yoga pode ser bem benéfica para iniciarmos um processo de liberação das emoções reprimidas. Algumas sugestões de prática:

 USTRASANA – postura do camelo (Ustra = camelo)

  • Postura:
  1. Ajoelhe-se e fique com joelhos e pés unidos, peitos dos pés apoiados no chão com os dedos relaxados;
  2. Encaixe o quadril, deixe o abdômen firme e a coluna ereta;
  3. Apóie as mãos espalmadas na base da coluna, parte posterior do quadril;
  4. Leve os ombros e cotovelos cada vez mais para trás com a intenção de aproximar os cotovelos;
  5. Mantenha o quadril na mesma linha que os joelhos, não projete o quadril para frente ou para trás, fixando-os;
  6. Ainda com o quadril encaixado, contraia glúteos e abdominal, incline o tronco para trás e aponte seu queixo para cima;
  7. NÃO projete o quadril para frente com a pressão das mãos;
  8. Apóie as duas mãos espalmadas na sola dos pés, abrindo ainda mais o peito, apontando-o para cima;
  9. Caso tenha dificuldade nesta etapa, tente as seguintes alternativas:
  • Afaste um pouco os dois joelhos um do outro;
  • Apóie as mãos nos calcanhares;
  • Apóie as mãos nos calcanhares com os dedos dos pés virados para o chão;
  1. Se ainda for difícil, pule os passos 8 e 9;
  2. Intenção de crescer a coluna e o pescoço para cima e para trás;
  3. Mantenha a postura estável e confortável;
  4. Concentre-se em respirações profundas e tranqüilas (5 a 12 respirações no início);
  5. Finalizando: com a força dos pés e joelhos empurrando o chão, volte o apoio das mãos na base da coluna, leve o tronco na mesma linha que o quadril, voltando para a posição vertical.
  6. Para descansar, leve o quadril na direção dos calcanhares, testa na direção do chão e braços ao longo do corpo.
  • Dicas importantes
  1. Evite esta postura se estiver com problemas intestinais, pressão alta, dor de cabeça ou se for cardíaco;
  2. Fique atento à posição do quadril e das pernas, o mais importante na postura é mantê-los estáticos enquanto a inclinação ocorre somente na parte superior do corpo;
  3. Proteja a sua lombar mantendo o encaixe do quadril a todo o momento;
  4. À medida que inclina o tronco para trás, cresça a coluna. Tanto a parte posterior como a anterior do tronco devem estar alongadas.

Caso sinta desconforto na coluna torácica ou lombar, diminua a inclinação do tronco para trás.

  • Efeitos benéficos da postura:
  1. Diminui a rigidez das costas, ombros e tornozelos, mantendo a coluna flexível e saudável;
  2. Alonga da região anterior dos braços e do corpo;
  3. Fortalece o sistema imunológico;
  4. Abre o coração, mantendo a disponibilidade e a entrega para as relações afetivas.

UJJAYI (Ud = para cima, de nível superior, soprar, expandir, proeminência, poder; Jaia = conquista, vitória, triunfo, sucesso, coerção, restrição) – respiração onde os pulmões são completamente expandidos e o tórax se torna dilatado como o de um orgulhoso conquistador

  • Instruções:
  1. Sente-se confortavelmente em Sukhasana (pernas cruzadas) ou numa cadeira, com a coluna ereta, olhando para frente;
  2. Durante uma expiração prolongada, murmure a palavra haaaaa de forma que esta respiração produza um ruído de leve fricção ao passar pelo palato (entre a boca e a garganta); é um som semelhante ao de embaçar um vidro, ou ainda o som que ouvimos no interior de uma concha.
  3. Experimente fazer com os lábios abertos e quando estiver sentindo a vibração suave do som na pate de trás da garganta, passe a fazer a respiração de lábios fechados.
  4. Sentindo facilidade, experimente produzir o mesmo som ao inspirar.
  5. Complete o ciclo da respiração – inspiração, pausa com o ar nos pulmões e expiração – repetidas vezes. O tempo deve estabelecer uma proporção de 1:2:2, ou seja, se for inspirar em 4 segundos, retenha 8 e exale 8 segundos.
  6. Esta prática deve ter a duração média de 15 minutos.
  7. Observe se o som de sua respiração é seco como o vento e oco e não anasalado.
  8. As narinas devem estar relaxadas (não puxe o ar com força, deixe a respiração acontecer naturalmente).
  9. Algumas pessoas conseguem realizar esta respiração com facilidade, outras levam mais tempo para aprendê-la. No entanto, não desanime. Faça quantas respirações precisar com os lábios abertos até conseguir!
  10. Não faça se estiver com irritações ou inflamações na garganta.
  11. Acalma a mente e os sentidos;
  12. Traz leveza, bem estar e tem efeito energizante;
  13. Promove tranquilidade e, ao mesmo tempo, força para lidar com as adversidades da vida.
  • Dicas importantes:
  • Efeitos benéficos deste pranayama:
  1. Acalma a mente e os sentidos;
  2. Traz leveza, bem estar e tem efeito energizante;
  3. Promove tranquilidade e, ao mesmo tempo, força para lidar com as adversidades da vida.

FLÁVIA MAIMONI RIBEIRO – psicóloga, instrutora de Yogaterapia e Terapeuta Ayurvédica. Busca integrar os conhecimentos da saúde milenar do Yoga e do Ayurveda com a ciência moderna ocidental.

Add comment outubro 21st, 2010

Consciência Alimentar

A Ayurveda tem uma visão exclusiva sobre a constituição psicofísica dos seres humanos. São reconhecidas cinco forças da natureza que se combinam dinamicamente para formar o nosso organismo: éter (ou espaço), ar, fogo, água e terra. Esta combinação, chamada Prakritti (ou dosha), organiza todas as funções físicas, mentais e emocionais necessárias para a vida.

Descobrir a nossa prakritti é uma oportunidade para entendermos melhor a nossa individualidade. Ao nos familiarizarmos com a nossa natureza, aprendemos a nos manter em harmonia, conquistando uma vida equilibrada, bem estar e saúde.

A dieta adequada – um dos principais pilares da boa saúde – depende dessa compreensão. Tudo o que somos é o resultado da síntese dos alimentos físicos e/ou energéticos que ingerimos. Eles fornecem para o organismo o material necessário para o processo metabólico que nutre a vida. São os melhores medicamentos. Quando são adequados para o nosso corpo e devidamente digeridos, contribuem para nos tornar saudáveis. Quando a dieta não é compatível com a nossa constituição individual, sofremos de desequilíbrios físicos e psicológicos. Nossa saúde, nosso peso ideal, nossa estabilidade emocional, nossa acuidade mental e nosso bem estar geral dependem do que conseguimos e do que não conseguimos digerir.

Mas, tão importante quanto a quantidade e a qualidade dos alimentos que ingerimos é o “por que” da nossa alimentação.

 Um plano de Consciência Alimentar começa ao desligar o “piloto automático” que vem nos guiando ao longo da vida moderna e instalar a atenção plena. Devemos prestar atenção à potência da nossa fome, à quais alimentos nos caem melhor, qual é a quantidade de alimento que nos satisfaz e qual o sabor que mais nos convém.

 Estou com fome? Do que me alimento? Por que estou comendo? O que estou comendo? Estou feliz? Triste ou ansioso? Como eu me sinto em relação à minha alimentação?

 A Consciência Alimentar é um poderoso instrumento para a manutenção da boa saúde e também para quem quer perder ou ganhar peso.  Ela é um “farol” que já existe dentro de nós. Só precisamos despertá-la. Vamos usá-la para iluminar a nossa vida a cada momento! Dessa forma, vamos encontrar o verdadeiro sabor da vida. Isso não vai nos ajudar somente a conquistar o bem estar físico – vai trazer à superfície a compreensão da riqueza e abundância da vida.

 Marise Berg – Terapeuta Ayurvedica dedicada à prática da Alimentação Natural Ayurvédica e de Rasayana (rejuvenescimento). Formada pela Escola Yoga Brahma Vidyalaya – Fundação Sri Vájera e CIYMAM (curso creditado pela International Academy of Ayurveda – Índia); com  extensões em Rasayana (rejuvenescimento) pela Kerala Ayurvedic Chikitsalayam – Pune, Índia; em Ayurveda pela Vishwanath Panchakarma Centre – Rishikesh, Índia; e em Nutrição Ayurvédica pela International Academy of Ayurveda – Pune, Índia. Atualmente cursando a graduação em Nutrição no Centro Integrado São Camilo, São Paulo.

4 comments setembro 6th, 2010

Saúde e o nosso fogo digestivo

Contam os textos védicos, que existe um fogo em todo o nosso organismo, conhecido como Agni.
Agni gorverna todas as transformações que acontecem no corpo, do sistema digestivo ao processamento mental sutil das informações. Mantém a temperatura do corpo, seu sistema imunológico, metaboliza o que sentimos, o que pensamos, percebemos e o que vemos.                                                                                                                             É mágico pensarmos que o corpo conta com essa força tão transformadora para nos manter aptos a digerir, ou seja, transformar qualquer situação adversa da nossa vida em energia. No entanto, quando está alterado a saúde se deteriora.
VISÃO CLARA, DETERMINAÇÃO, e DISCERNIMENTO demonstram seu bom funcionamento.
Já pensaram que a boa digestão e coragem significam a mesma coisa?
Agni é a principal força da vida, responsável pela tão sonhada LONGEVIDADE.
O trabalho dos médicos ayurvédicos tem como um dos principais focos manter, acender e tratar esse importante fogo, que em cada um de nós apaga por uma razão particular.
Conhecer e estudar essa ancestral ciência nos auxilia a ler o organismo de uma maneira viva.
Cuidar da saúde do corpo é mais sábio do que cuidar do seu adoecimento.
Maisa Misiara

Add comment abril 23rd, 2010

Chakras – a cura sutil

O que são os chakras

A palavra chakra vem do sâncrito e significa roda. Chamada algumas vezes de rodas de luz. Estão presentes na estrutura energética humana, como grandes centros de força. Captam o prana, que é a energia do céu e da terra, guardam, transformam, distribuem para o corpo e o devolvem, no caminho inverso, para a mesma fonte.

 

Saudáveis, essas rodas, como vórtices, giram numa velocidade, fazendo com que o prana circule adequadamente. Mas diante de mudanças no fluxo de energia, ficam bloqueadas ou inibidas, o que resulta em desequilíbrio, envelhecimento ou mesmo doença.
São sete, os chakras principais, alinhados e conectados entre si, desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça. Cada um corresponde a uma das sete principais glândulas endócrinas do corpo humano e têm, além disso, funções físicas, emocionais e espirituais, pois guardam as experiências e informações pessoais.

Como perceber o desequilíbrio dos chakras

Todo ser humano, tem que sobreviver sem a sensação de algo que ameace a vida, ter o sentimento de proteção, desenvolver a identidade e auto-estima, gerar filhos, conquistar realizações, amar, ser amado e viver uma sexualidade saudável e integrada.

Quando há um exagero na necessidade, um padrão rígido e, a vida passa a ser totalmente voltada para uma das necessidades acima, surge o adoecimento energético. A manifestação dos sintomas orgânicos patológicos é apenas uma questão de tempo.

O caminho da evolução da consciência

Esses padrões devem ser transformados, para ter-se maior liberdade e possibilidade de equilíbrio do corpo e das emoções.
O funcionamento harmônico dos chakras, permite o fluxo ascendente da circulação da energia, livre de obstáculos, em direção a um maior discernimento, amorosidade e sabedoria, que é sinônimo de uma plena saúde física, psíquica e emocional.

Os sete chakras e sua natureza

Chakra Básico – MULADHARA
Localizado na região do cóccix e períneo. Controla o sistema gênito-urinário.
Gera nosso instinto de sobrevivência e os medos relacionados quando há perigo contra a vida. Quando saudável, sabe-se o que quer e como fazer. A pessoa é dinâmica, ativa e segura de si.

Chakra sexual – SVADHISHTHANA
Localizado abaixo do umbigo. Controla o sistema genito-urinário e o reprodutor.
Fala do novo, do criativo, da procriação, da identidade própria, da auto estima.
Saudável, é responsável pela saúde geral do organismo. Quando enfraquecido, este chakra, priva ou altera a sexualidade

Chakra umbilical – MANIPURA
Localizado ao redor do umbigo. O chakra do plexo solar, relacionado com o sistema digestivo.
A energia penetra em todo o corpo físico por essa região. No útero, recebe-se o alimento pelo cordão umbilical. Agora a energia da vida penetra na forma de impressões e interações com o mundo.
Ligado à assimilação das coisas da vida, ao apego, desejos e ambições, poder e do controle.

Chakra cardíaco – ANAHATA
Localizado no centro, na altura da linha dos mamilos.
Controla o coração físico. Fala da inteligência emocional, o que faz com que a reação diante das coisas seja feita com sabedoria. Em equilíbrio, a pessoa não se deixa levar pelas emoções. Em desequilíbrio, torna-se muito emocional É uma ponte entre as razoes do corpo e da mente. Fala do amor maior, da compaixão e da imunidade.

Chakra laríngeo – VISHUDDHI
Encontra-se na área da garganta onde estão as cordas vocais, a tireóide.
Confere quando saudável o poder da comunicação e grande capacidade de expressão dos sentimentos e pensamentos. Dá origem ao dom da palavra, a sabedoria. Caso contrário, sensação de falência na capacidade de se expressar, apatia, tristeza, fraqueza das funções físicas e psíquicas.

Chakra frontal – AJNA
Localizado entre as sombrancelhas. Controla as funções da hipófise que dirige e coordena as demais glândulas, rege o equilíbrio fisiológico e as atividades intelectuais. É o chakra do intelecto, o discernimento da realidade. Tem a ver com a visão, compreensão e entendimento. É o chakra da intuição, o terceiro olho.

Chakra coronário – SAHASRARA
Localizado no alto da cabeça. Relacionado com a glândula pineal, tem o controle total de todos os aspectos do corpo e da mente. É o chakra da ligação com a energia espiritual, da auto realização e extase.

A medicina ayurvedica e o tratamento dos desequilíbrios dos chakras

Conhecer o estilo de vida, os pensamentos, sensações e sentimentos de quem procura um médico ayurvédico, faz parte do diagnóstico e tratamento dessa milenar arte de curar.
As doenças que já se manifestaram no corpo são tratadas com métodos suaves ou intensos de desintoxicação que incluem dietas, massagens e ervas medicinais.

As alterações que se manifestam nas sensações, pensamentos e emoções e, que antecedem o aparecimento dos primeiros sintomas físicos, são perceptíveis e tratáveis com métodos sutis que reequilibram o funcionamento dos chakras, prevenindo o aparecimento dos males físicos e devolvendo o bem estar.

A abordagem terapêutica sutil

Um conjunto de orientações é prescrito de acordo com a peculiaridade de cada caso. Dentre elas encontramos:

– A orientação terapêutica de impressões sensoriais adequadas para o restabelecimento dos sentidos por meio de estímulos da natureza.

– Pranayamas ou respirações próprias e dirigidas a cada desequilíbrio. Acalmam a agitação da respiração, que perturba a mente e os sentidos. Purificam o canal sutil (sushuma) que controla as funções dos chakras.

– Mantras são sons ou palavras energizados de modo especial, que libertam a mente do seu condicionamento. A vibração dos sons, apropriada e particular para cada chakra traz sua harmonia.

– Cores tem efeitos apaziguadores e estimulantes. Cada cor tem afinidade e propriedade terapêutica por um chakra

Podemos resumir no seguinte quadro:

Muladhara – som: LAM – cor: vermelho

Svadhishthana – som: VAM – cor: alaranjado

Manipura – som: RAM – cor: amarelo

Anahata – som: YAM – cor: verde

Vishuddha – som: HAM – cor: azul celeste

Ajna – som: SHAM KSHAM – cor: azul indigo

Sahasrara – som: AUM – cor: violeta

-A meditação é também usada como tratamento, pois acalma a mente e assim reequilibra meditação todo o sistema orgânico e psíquico.

A melhoria apenas dos sintomas que levaram o paciente ao médico é insuficiente. O bem estar deve ser conquistado de forma permanente e para isso, a chave de acesso à manutenção da saúde, necessita ser a ele devolvida.

Observar o próprio corpo todos os dias, aprender a reconhecer os sinais de desarmonia , os incômodos orgânicos, os pensamentos e sentimentos alterados é o início do processo de cura.

Dra Maisa Misiara, médica Homeopata e Ayurvédica, responsável pela Clínica Cítara Saúde em São Paulo; Docente do Instituto de Cultura e Escola de Homeopatia.

Add comment março 2nd, 2010

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